E quando usar o que sabe, não se esqueça que há ainda, as coisas que você sabe fazer, mas não sabe porque.

-Eu mesmo-

terça-feira, 17 de maio de 2011

Coisas que ainda vou apagando, mas ainda me interfere...

(Ailton adverte: este é um texto super pessoal, mas também não é novela. O fiz pra tornar interessante minha auto-expressão, não pra chorar. *snif*)

Quando assim sou visto de forma negativa, eu tento ser natural e encarar como algo natural. Mas, é impulsivo, infelizmente. Sinapses despertam, em alguns momentos. E meu lado irracional e infantil, me pressiona sem querer, a pensamentos auto-negativos.

Ok, isso até parece algo comum, mas o problema está que isso já precisaria ter sido superado. Com 22 anos, preciso tranquilizar, diminuir certos problemas emocionais, racionais. MAS FATO SEJA. Adultos também pode possuir problemas graves do tipo. Bem, ao menos, estou e permaneço buscando os passos.

Diante de um amigo, mestrado de psico, pedi pra me deitar no sofá dele (lol) e assim fui diagnosticado, com Transtorno de Estresse pós-Traumático. Nome complicado esse, e como estudante auto-didata de psicologia por enquanto (só vou estudar na faculdade em agosto lol), nunca estudei a respeito. Mas após ter me aprofundado, realmente, fez um pouco mais de sentido. A intuição me dizia, mas por falta de estrutura no assunto, não sabia concluir. A conclusão dele esclareceu melhor.

Nunca neguei que possui uma infância complicada, com Bullyings e falta de companheirismo. E o que eu acreditava supor só ser introversão, acabou me pegando de jeito. Tenho medo especificado de pessoas, em certos aspectos. De amar, de ser amado. De agressividade física ou verbal. De ser taxado da pior forma possivel.

Como por exemplo, algo que ocorreu hoje. Num mercadinho de uma casa, de pessoas no qual convivo e vamos periodicamente para uma igreja "restaurada" que ando frequentando, estávamos conversando sobre o Senhor Jesus, Apocalipse e outras coisas. E assim uma jovem entrou. Neste mesmo momento, Paulo, um destes que estava, pediu que eu lesse um trecho da Biblia. Quando comecei a ler, minhas mãos tremeram. Quem ainda não sabe, possuo CID G 25.0. (Tremor essencial.) Algo  mais suave que o mal de parkinson, digamos. E ela começou a rir.

Foi dai que, despertou aquilo que não costumo gostar, mas é inevitável. A sensação de ser zombado. Debochado. Ok, sei que ela apenas achou engraçado isso. Mas o que seria "culpa de minha irracionalidade", seria apenas minha mente, ainda ferida por tais momentos que passei. Quanto a ela, tudo bem, ela não sabia que tinha tremores, nem precisamos dizer desculpas ou perdão. Só a minha imperfeição, que precisa ser reformada.

Alias, ainda não comentei pra ninguém algo. Ainda tenho pavor de escola. Nos primeiros dias ATÉ HOJE, ainda tenho a sensação de poder ser rejeitado, zombado, minorizado. Claro, estou mais controlado, pois pelo menos, tive um bom 2º e 3º ano do ensino médio, sendo que o último me fez ter mais amigos. Mas há dias (até hoje) em que isso se fortalece tanto que posso até ficar em um estado de luto profundo comigo mesmo, por muitas horas. Assim como na infância isso me deixava sem dormir e chorava constantemente. Pessoalmente, prefiro conhecer pessoas por apresentação, de amigos já conhecidos. Na escola, é um pouco complicado, pois minha 'falsa empatia' pode me trazer a concepções mais complexas, como "este me acha ridículo, este me despreza por motivo x". Prefiro então relaxar, agir com alguma passividade em certos casos, e ir conversar com quem mais me asseguro. Mas há momentos em que, ao invés de ser firme e reclamar de tal ato, eu me assusto, fico reprimido. Antigamente, eu simplesmente bancava o narcisista e busco ver as imaturidades e defeitos para assim me julgar mais forte. Mas me recuso a pensar deste modo novamente. Até ando com duas amigas em que comentamos "vai dormir que assim você relaxa e fica melhor, quando acordar". E de fato, acordo e fico melhor. Só nunca contei pra elas que minha "imaturidade" é por isso, também, rs.

Eu, também, já pensei em sair da Ifal, e relaxar diante do estresse no qual passo. E este estresse, defendia, é consequência do que ando estudando. Mas alguns de meus amigos filósofos reunidos, num domingo bem tenso, destruíram minha fuga. Sim, estava fugindo. Frustrei-me com coisas pessoais lá dentro, pessoas estavam deixando de interagir, pessoas que não viam suas expectativas diante de mim magoavam-se ou se afastavam. A bronca ENORME que tive (afinal, somos tão abertos que falamos tudo na cara, mesmo. xD), me ergueu, e fez ver, que apesar de tanto que aprendi, ainda sou uma criança que possui algo que precisa ser curado. Fiquei mais tranquilo. E o que parecia estar destruindo, foi voltando pra dizer "tá tudo bem." (Entei? q)

E assim, meu lado adulto, amante de estudos, da vida, e da Força, ciente disso, deve buscar e receber formas.

Agradeço a quem me compreendeu e me aguentou nos meus momentos tensos, também. De resto, Mateus 5, 38-42.

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